A data de hoje é um marco histórico de luta e resistência, pois simboliza a trajetória das mulheres na busca por direitos fundamentais, como o voto, a participação política, o acesso ao mercado de trabalho e a equidade salarial. Contudo, apesar dos avanços, a realidade ainda impõe desafios que evidenciam a necessidade de continuar lutando por uma sociedade mais justa e igualitária.
Nessa luta que começou no início do século XX, as mulheres conquistaram espaços antes inacessíveis. Hoje, estão presentes em cargos de liderança, participam ativamente da economia e ocupam posições estratégicas em diversas áreas. No entanto, os números mostram que a desigualdade persiste. Segundo dados da ONU Mulheres, as mulheres ainda recebem, em média, 20% a menos que os homens pelo mesmo trabalho. Em 2024, elas ganharam 77,4 centavos para cada dólar recebido pelos homens, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Ainda de acordo com a OIT, as mulheres ocupam apenas 30% dos cargos de direção em todo o mundo. Além disso, enfrentam dificuldades no acesso a oportunidades, especialmente as mulheres negras, indígenas e periféricas, que lidam com barreiras adicionais de discriminação.
A cada 15 segundos uma mulher sofre violência no Brasil
Outro grande obstáculo é a violência de gênero. O Brasil figura entre os países com altos índices de feminicídio, e os casos de assédio e violência doméstica continuam alarmantes. Políticas públicas e iniciativas de conscientização são essenciais para combater essa realidade e garantir a segurança e o bem-estar das mulheres. A cada 15 segundos uma mulher sofre violência no Brasil, e a cada uma hora e meia uma mulher é morta no país, segundo o Fórum de Segurança Pública. No mundo, a cada 10 minutos ocorre um feminicídio no mundo, pelos dados do Relatório Global ONU Mulheres.
A maternidade e a divisão do trabalho doméstico também são desafios que impactam a equidade de gênero. Mesmo com jornadas de trabalho formais, muitas mulheres continuam sobrecarregadas com as responsabilidades do lar, o que dificulta sua ascensão profissional e bem-estar emocional. A ampliação de políticas de licença parental e incentivos para a divisão equilibrada das tarefas são passos fundamentais para transformar esse cenário.
Neste 8 de março, mais do que homenagens, é essencial refletir sobre os desafios que ainda precisam ser superados. A luta pelos direitos das mulheres não se encerra com as conquistas já alcançadas, mas continua na busca por um futuro em que a igualdade não seja um ideal distante, e sim uma realidade concreta para todas.