Viajar sozinha é a nova jornada de liberdade das mulheres

A cena é cada vez mais comum: mulheres de mochila nas costas, câmera na mão e coração aberto para o mundo. O que antes era exceção, hoje é tendência consolidada no turismo. Desde a pandemia, cresceu o número de brasileiras que escolheram embarcar em viagens solo — um movimento que revela autonomia, autoconfiança e desejo de viver experiências transformadoras.

Na capital paulista, a franqueada da Clube Turismo, Sheila Moureira, acompanha de perto essa mudança:
“Tenho percebido um aumento expressivo, especialmente entre mulheres de 30 a 60 anos, muitas divorciadas ou viúvas, que decidiram se permitir viver novas histórias. Elas buscam destinos seguros, exclusivos e, muitas vezes, ligados ao relaxamento e à reconexão consigo mesmas”.

O impacto no setor já é claro: o turismo solo feminino representa cerca de 20% do faturamento da unidade comandada por Sheila, e a expectativa é de crescimento. Parte desse avanço se deve à força das redes de networking e dos grupos voltados para mulheres, que incentivam umas às outras a desbravar o mundo.

Entre os destinos mais buscados, estão Argentina, Nova Iorque, Fernando de Noronha e roteiros de ecoturismo. Hotéis boutique com foco em bem-estar, gastronomia refinada e experiências culturais também estão no radar das viajantes, que priorizam descanso, conexão e, muitas vezes, espiritualidade.

Para garantir segurança, a agência aposta em consultoria personalizada, reuniões online ou presenciais, roteiros detalhados via aplicativo exclusivo, apoio de guias locais e plantão 24h. “Temos uma operadora dedicada só para mulheres, o que nos permite criar experiências pensadas com carinho e cuidado para elas”, explica Sheila.

Histórias como a de Fernanda Moreira, 42 anos, mostram o impacto dessas escolhas. “Sempre deixava de viajar por falta de companhia, até que criei coragem e fui sozinha para Florianópolis. Essa viagem mudou minha autoconfiança. Hoje, em muitos casos, prefiro viajar sozinha pela liberdade de escolher meu próprio roteiro”, conta. Desde então, Fernanda já conheceu sozinha destinos como Jericoacoara, Bonito, Jalapão, Atacama e Balneário Camboriú.

A CEO da Clube Turismo, Ana Virgínia Falcão, reforça que esse movimento vai além do lazer:
“O turismo feminino não é apenas tendência — é reflexo de transformações sociais e culturais. As mulheres estão viajando mais, com independência financeira e buscando experiências personalizadas. As agências que souberem atender a essa demanda com sensibilidade e segurança vão fidelizar um público extremamente engajado”.

O futuro aponta para viagens com propósito, integração com práticas de bem-estar e saúde, além do fortalecimento de comunidades exclusivas para mulheres viajantes. Mais que movimentar a economia, esse mercado valoriza algo ainda maior: a liberdade feminina de explorar o mundo, escrever suas próprias histórias e se redescobrir em cada jornada.

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