Em comemoração do Dia da Mulher, o Fantástico do último domingo mostrou histórias de policiais de São Paulo que formaram a primeira equipe feminina do Brasil em uma espécie de “Copa do Mundo das Tropas de Elite”, disputada em Dubai.
“Quando sai, a gente já não sabe o que vai acontecer. A gente está em risco todos os dias, mais do que todos, e voltar para casa com a sensação do dever cumprido é ótima. Não tem sensação mais gostosa do que o olho brilhando”, diz a investigadora Luciana Atolini.
É uma sensação até que recente pra Luciana Atolini, porque antes mal sobrava espaço para Luciana em primeira pessoa:
“Antigamente, eu era esposa, eu era filha, eu era mãe. Hoje em dia não. Eu tenho nome, eu sou a Luciana, eu sou policial”.
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A Luciana, no singular, apareceu depois do fim de um casamento.
“Daí que eu comecei a busca da minha identidade, da minha realização profissional. Eu não tenho ninguém da polícia na família. Eu não tinha nenhum amigo policial. O meu contato com o mundo policial era zero. Assim, foi sentimento, sabe quando você vai sendo guiada por um chamado? A minha posse na polícia eu tinha 40 anos de idade. E a minha primeira lotação foi uma delegacia da mulher. E depois fui convidada para fazer parte do GOE, que é o Grupo de Operações Especiais. É o pé na porta”, conta.
No fim de 2024, Luciana conheceu outras seis mulheres que entendem bem o que ela está falando. Elas se juntaram, escalaram, correram e mostraram a força que têm. Juntas, foram para Dubai participar de uma competição que é como se fosse a Copa do Mundo da polícia. É o maior campeonato mundial na categoria de Operações Especiais de todas as polícias do mundo.
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Policiais femininas do Brasil nunca tinham pisado em Dubai para participar desse campeonato. Foi em fevereiro e teve transmissão na internet para quem quisesse acompanhar ao vivo. Foram 120 delegações de 50 países, sendo cinco equipes femininas. Elas ficaram na posição de número 98, à frente de cinco equipes masculinas e outros 17 times que sequer chegaram à classificação final.
“É muito significativo a presença de um time feminino em um campeonato que é eminentemente feito para homens. Nós sabemos que as mulheres foram conquistando o seu espaço, foram mostrando que também têm aptidão, que também tem a questão de serem vocacionadas para serem policiais”, diz Kelly Cristina Sacchetto, delegada seccional de São Bernardo do Campo.
Com informações do Fantástico.